DE COMO SE FABRICAVA O LINHO
Como qualquer outra sementeira, o processo de fabricação do linho passa pelo tratamento adequado da terra, cavando-a e lavrando-a até se obter uma textura bastante fina. A sementeira faz-se durante o mês de Março e é colhido durante o mês de Junho.A colheita faz-se, portanto, quando o linho está grande. As pessoas enrolavam-no em molhos, passando-o pelo esboiceiro ou boiceira, de modo a retirar dele a baganha ou bagulho – semente do linho. Esta semente, que também se chama linhaça, tem poderes curativos emolientes e lavantes, podendo-se tomar como infusão ou como complemento alimentar, diz-se que tem poder de curar as dores de bexiga. Depois de separada do linho, a semente era colocada num cesto e deixada ao sol durante três dias, por forma a aloirar o suficiente e estar pronta para nova sementeira.O linho depois de passado era guardado num poço ou ribeira aguentada com pedras durante cerca de três dias até que quebrasse casca , retirado do poço, então, era agrupado em era estendido pequenos e deixado a escorrer durante um dia numa relva, sendo, depois, estendido ao sol para curar. Seguidamente é levado a desfiar no ripanço, de modo a poder ser deixado uns tempos no forno (?), aproveitado o calor mais ténue logo a seguir à cozedura do pão. No dia seguinte, o linho é gramado na grama, malhado com a malha e esmagado tasquinhado com a e, novamente, ripançado no ripanço. Era assim que se extraía do linho a estopa para urzir cobertores, que ficava pronto para ser fiado na roca e meadas no sarilho (fervido com água e cinza para limpar, dobado numa dobadoira, ficando, então, pronto para ser usado no tear.
Informação retirada do site da Ajism.